Etapas da embriologia Mórula, Blástula, Gástrula e Nêurula

      Etapas da embriologia (1) Mórula, (2) Blástula, (3) Gástrula (4) Nêurula

                                                                MÓRULA 


  Como ela se forma? Quando ocorre a fecundação, ou seja, quando o espermatozoide penetra no ovócito, vários eventos acontecem. Um evento importante é a fusão de dois pró-núcleos, um masculino e outro feminino, levando à restauração do número diploide de cromossomos, ou seja, 46 cromossomos. O zigoto é composto por 23 cromossomos da mãe e 23 cromossomos do pai. Dessa forma, há uma nova combinação de cromossomos. Isso possibilita a variabilidade da espécie humana. Cerca de 3 dias após a fecundação forma-se a mórula, que, como já fora dito, é o primeiro estágio do desenvolvimento. 





                                                        Blástula 

   Quando a mórula chega ao útero, começa a surgir em seu interior uma cavidade, conhecida como cavidade blastocística. Essa alteração acontece devido à uma reorganização das células, que começam a ocupar a periferia, formando a cavidade. O interior dessa cavidade é preenchido por fluido, originado do útero, que penetra pela zona pelúcida. Essa cavidade é chamada também de blastocele. Nesse momento, o embrião deixa de ser chamado de mórula e passa a ser chamado de blástula. 


                                                              
                        Estágio inicial de Mórula se alterando para o estágio de blástula
                                  
   A blástula, portanto, ao contrário da mórula, é oca, pois possui um espaço com líquido. À medida que o fluido aumenta na cavidade, ocorre a separação dos blastômeros em 2 tipos celulares: trofoblasto e embrioblasto. Os trofoblastos correspondem a camada celular externa, a qual possui grande importância para formação da placenta.

Já os embrioblastos correspondem a camada celular interna e formarão o embrião propriamente dito. Posteriormente, o embrioblasto se diferencia em epiblasto e hipoblasto, formando o disco bilaminar.

No estágio de blástula as células da camada celular interna, os embrioblastos são células tronco pluripotentes, ou seja, são células capazes de gerar QUALQUER tecido do organismo. Porém, não são capazes de formar tecidos extraembrionários (pois essa capacidade é dos trofoblastos presentes na camada celular externa).

                                                                    GÁSTRULA

   Muitas alterações ocorrem, e chega-se, então, a uma nova etapa que sucede o estágio de blástula, essa etapa é a gastrulação que forma, portanto, a gástrula.

A gastrulação consiste no processo de formação das camadas germinativas. São três camadas germinativas e essas darão origem a todos os tecidos embrionários.

   A gastrulação se inicia com o surgimento de uma linha conhecida como linha primitiva          (originada por uma camada de células denominadas epiblastos, é uma diferenciação do embrioblasto que ocorre anteriormente ao processo de gastrulação). Ao se desenvolver, a linha primitiva gera algumas estruturas, como o nó primitivo (que corresponde a extremidade cranial da linha), o sulco primitivo (que é uma depressão na linha primitiva) e a fosseta primitiva (onde se encerra o sulco primitivo). Tanto o sulco quanto a fosseta primitiva são formados devido à invaginação de epiblastos.

Algumas células migram e formam o mesoderma, a camada intermediária.

Células do epiblasto deslocam as células hipoblásticas, e então o hipoblasto forma o endoderma, a camada mais interna.

E a camada de epiblasto forma o ectoderma, a camada mais superficial.

Assim, têm-se as três camadas: endoderma, mesoderma e ectoderma. Nesse estágio, o embrião é chamado de gástrula.  
                                  1 - blástula, 2 - gástrula; laranja - ectoderme, vermelho - endoderme.

                                                                  NÊURULA

No último estágio A neurulação é o processo que dará origem ao sistema nervoso do embrião, que nesse estágio, é conhecido como nêurula. Esse processo é induzido/estimulado pela notocorda.

O sistema nervoso é derivado do ectoderma. O ectoderma localizado acima da notocorda sofre um espessamento, e, com isso, forma a placa neural. A partir daí, o ectoderma formador da placa neural passa a ser chamado de neuroectoderma, por ser uma “especialização” do ectoderma que dará origem ao sistema nervoso. A placa neural passa por várias alterações conformacionais, como formação de um sulco neural (uma depressão na placa), pregas neurais (que são proeminências da placa), até que essas pregas se unem e formam um tubo, conhecido como tubo neural. O tubo neural é o precursor do sistema nervoso central, formando encéfalo e medula espinhal. Quando esse tubo se forma, algumas células “ficam de fora” e formam, então, duas cristas neurais, que darão origem aos gânglios sensitivos dos nervos cranianos e espinhais. Além disso, contribuem na formação da retina, da glândula adrenal e etc. 


Todos esses estágios acontecem até a quarta semana de desenvolvimento embrionário. 

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